Trajetória Religiosa


Este é um hiper-resumo da trajetória religiosa de Barão:


Desde o momento em que se tem memória, Barão frequentava casas de Umbanda de Porto Alegre e Alvorada e, casas de Candomblé na Grande Porto Alegre/RS. Desde bebê, durante a semana era ficava com sua Avó de criação, Sra. Maria Gall e, em alguns fins de semana, passava com sua mãe. 


Partindo dos nove anos, frequentava a casa de Nação Cabinda, sobre o comando da Yalorixá Olga de Oxum (falecida). Até os 14 anos, frequentava a casa da Yalorixá Olga praticamente 03 vezes por semana, acompanhava o Sr. Affonso que era filho da casa. A Casa dificilmente realizava toques, pois Olga já aparentava ser bem velha e com saúde fraca, contudo, trabalhos e obrigações em silêncio eram frequentes. Sr. Affonso era um daqueles filhos sempre presente, iniciante na Cabinda, queria aprender de tudo um pouco e, como Barão estava sempre ao seu lado, também ouvia os ensinamentos da Srª Olga.


Próximo de completar 14 anos, a Yalorixá Olga veio à falecer, Barão acompanhou todo seu Ritual de Eresun (velório, ritual no qual é feita a despedida de um Babalorixá/Yalorixá ou pessoa com vários Orixás assentados), permaneceu durante todo o Ritual, apoiado pelos filhos mais velhos da casa que eram os responsáveis pelo Eresun.


Após completar 14 anos, sua Vó de criação ficou com a saúde muito frágil e teve de mudar-se para casa de um de seus filhos. Partindo daí, Barão foi morar definitivamente com sua mãe carnal. No terceiro mês da nova residência, começou à trabalhar em um hipermercado. Entre seus colegas, tinha um filho-de-santo de uma casa de Cabinda, situada nas redondezas da cidade de Taquara sob o comando de Gueta de Oxum (falecido), começou à frequentá-la sendo levado pelo colega de trabalho que na época tinha 25 anos, mas realmente não sabe a localização exata pois sempre foi levado de carro pelo colega e também era uma época da vida de Barão que alguns detalhes passavam por desapercebidos ou eram ignorados, coisas de juventude mesmo. Ao mesmo tempo que frequentava a casa de Gueta, conheceu a Maga Bárbara, conhecida espiritualmente como Rainha do Sal, através dela iniciou-se na Magia. Como o mundo da Magia exigia muita atenção, empenho e tempo, Barão frequentava a casa de Gueta apenas uma vez por mês e em festas.


Dos 14 anos até os 16, Barão estava mergulhado de cabeça na Magia, praticamente todos os dias estava recebendo ensinamentos sobre Magia, a residência de sua Mestra era à uma quadra de seu trabalho e ele ainda tinha um envolvimento mais íntimo com ela, isto facilitou e fez com que diariamente pudesse ter contato e receber conhecimentos. Como este era um Mundo totalmente novo para Barão, não se cansava em nenhum momento, estava fascinado com toda a doutrina, rituais, pactos, trabalhos espirituais, fundamentos que, quanto mais aprendia, mais queria aprender. 


Aos 15 anos, entrou no Ritual de iniciação para elevar-se de iniciado para Mago, contudo, sua sede de conhecimento e de poder, fez com que decidisse pular do primeiro degrau de elevação para o quarto degrau. Assim sendo, ficou seis meses confinado dentro de uma casa, preparada especialmente para este tipo de ritual, recebendo ensinamentos, preparando seu corpo e mente para sua elevação.


Antes de completar 17 anos, começou a frequentar a casa de Seloir de Xangô, em Alvorada, neste momento, Seloir era da Nação Cabinda. Não demorando muito, Seloir passou para Nação Gegeo com Nago, nas mãos de Manoel de Oxum (falecido), também de Alvorada. Como a relação de Barão e Seloir era ótima, Barão sai de sua casa e vai morar com Seloir, onde fica até seus 19 anos, momento no qual adquiriu sua casa própria.
Ao mesmo tempo que frequentava a Nação, Umbanda e Quimbanda, Barão continua paralelamente com seus rituais e atos na Magia, de forma totalmente secreta. 


Ainda nos 17 anos, vez o assentamento dos Orixás Oxum Demun e Oxum Docô, Oxalá Urumiláia, Bara Agelú, Bara Adague, Xangô de Beji e Obá. Aos 18 anos, recebe seu apronte na linha da Quimbanda, onde seu Exú de frente era o Caveira e, faz o assentamento dos Orixás Ogum, Oyá e Yemanjá. Abre sua casa de Religião no bairro Nova Americana, em Alvorada.


Aos 19 anos, afasta-se da casa de Seloir de Xangô e passa para casa da Yalorixá Zefa de Oxum (falecida), da Nação Gegeo com Ijexá. Aos 21 anos, fez o assentamento de Odé e Otin e Xapanã e, recebeu seus Axés de Faca e Búzios da Yalorixá Zefa de Oxum, assim como seu aprontamento na linha da Umbanda, onde sua entidade frenteira era a Preta-Velha Vó Sofia.


Desde os 17 anos até por volta de seus 25 anos, Barão sempre teve muitos contatos com diversos religiosos de outros segmentos, onde trocava conhecimentos e experiências de todos os tipos que se possa imaginar.


Aos 28 anos, decide desligar-se das linhas de Nação (Orixás), Umbanda e Quimbanda. Todas as suas Obrigações são desfeitas e dedica-se totalmente ao culto da Magia.


Anteriormente, Barão trabalhava com as seguintes Entidades:


Umbanda: Preta-Velha Vó Sofia, Caboclo Oxóssi e Cosme Pedrinho.


Quimbanda: Exú Caveira


Na Nação, suas passagens eram: cabeça de Oxum Demun, corpo de Oxalá de Urumiláia e os pés de Bara Agelú.


Para aqueles que não conhecem, a chamada Nação é uma religião equivalente ao Candomblé, com Orixás e inúmeros fundamentos e práticas equivalentes ao Candomblé.


Atualmente, Mago Barão ainda se incorpora com uma Entidade conhecida por todos como Caveira, mas esta Entidade incorporou pela primeira vez dentro da Magia e não dentro da Quimbanda... é uma Entidade derivada da Magia e não da Quimbanda. Depois de quase 03 anos incorporando com esta Entidade na Magia pura, esta Entidade chegou dentro da Quimbanda também, passou por quase um ano chegando sem dar seu nome... até que um dia, sua Mãe de Santo já indignada sem ter a resposta de “quem seria” esta Entidade, simplesmente disse que era Exú Caveira e pronto... passado deste dia, começou à ser chamado de Caveira.


Em resumo, enquanto crianças brincavam, Barão estava fugindo para ficar presente dentro da religião... enquanto adolescentes aproveitavam a vida, nas esquinas com amigos, em festas e coisas do tipo, Barão estava jogado de cabeça dentro da religião... portanto, diante de tanta sede por conhecimento e tanto tempo de vivência dentro das religiões e em torno delas, Barão rapidamente tinha muito conhecimento e muita prática dentro dos segmentos religiosos que atuava.


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